quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Se entrengar


"Pelas ruas da cidade pessoas andam num vai e vem,
não vêem cair a tarde vão nos seus passos como reféns
de uma vida sem saída, vida sem vida, mal ou bem...

Pelos bancos desses parques ninguém se toca sem perceber,
que onde o sol se esconde, o horizonte tenta dizer,
que há sempre um novo dia a cada dia em cada ser...

Não é preciso uma verdade nova, uma aventura,
Pra encontrar nas luzes que se acendem um brilho eterno,
E dar as mãos e dar de si além do próprio gesto,
E descobrir feliz que o amor esconde outro universo...

Pelos becos, pelos bares, pelos lugares que ninguém vê,
Há sempre alguém querendo uma esperança, sobreviver...
Cada rosto é um espelho, de um desejo, de ser, de ter...

Talvez quem sabe por essa cidade passe um anjo,
Abra suas asas sobre os homens e por encanto,
Dê vontade de se dar aos outros
e sem medida, a qualidade de poder viver a vida... "

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